sábado, 18 de março de 2017

Equipe Atow-inj desafia as poderosas ondas de Nazaré

Thiago Jacare Foto: Yurico David

Fabiano Tissot Foto: Manoel Ricardo
Thiago Jacaré Foto Abel Precedes
Com a estrutura toda montada, swell à vista, equipe organizada, elaboramos como seria encarar pela primeira vez as ondas de Nazaré já com um bom tamanho. Depois de 1 mês no pico, fomos abençoados com um bom swell, e já deu pra sentir e conhecer bem como é a onda na bancada. Realmente, o que tenho a dizer é o seguinte: aqui o bicho pega, e pega pra valer. 

Acho que a pior parte da parada é mesmo a pilotagem, pois não basta ser bom, tem que ser excelente. O inside lá é muito sinistro, algo que acho que não existe em nenhum outro lugar. Aqui fizemos muitos amigos, entre um em especial, Sergio Cosme, que deu apoio total à equipe da Atowinj Big Waves Surfers na empreitada de encarar as bombas de Nazaré.

Colamos também no experiente Lino Bogalho, proprietário da Arebiri (Tow In Logistic), maior logística para surfistas de ondas grandes do pico. Lino tem de tudo, e tem como grande amigo Pedro Pisco, que trabalha no município e ajuda a desenvolver os projetos em prol do surf na cidade de Nazaré.

O swell entrou bom, não gigante, mas o suficiente para dizer que o dia foi de big surf. Armamos a barca com vários surfistas: Sergio Cosme, Paulo Marques, Nuno Santos, David Langer, Bruno Valente, Fabiano Tissot, Marcelo Luna, Kalani Lattanzi e eu.

A saída pra encarar as morras é sempre pelo porto de Nazaré. Você navega alguns minutos e chega na frente do penhasco. A parada explode no Farol com tanta violência que você já sente na pele. Existem três picos: o primeiro, que quebra de frente para o Farol e geralmente tem esquerdas e que se cair você pode se dar mal; o segundo pico quebra mais afastado pra frente da praia do Norte e o terceiro pico, que quebra mais para o meio da praia do Norte, bem mais fora que os outros dois.

A onda pode quebrar de 6 a 100 pés de face, tanto esquerdas como direitas, e rolam sessões tanto de tow in como  de remada. Nesse dia fizemos um tow e Kalani Lattanzi foi o único que vi surfando na remada. O moleque é muito casca-grossa e sangue bom.

Na água, trabalhamos muito em equipe, pois a onda de Nazaré exige isso. Quanto mais segurança você tiver, melhor, tanto pelo resgate do surfista como da sua própria prancha. Então, sempre quando um jet puxa um surfista, já tem outro jet de olho preparado para o resgate. 

Felizmente tudo deu certo e pegamos altas ondas com sol, água boa e uma vibe indiscutível. No fim, fomos ao restaurante Celeste, onde trabalha o amigo e fotógrafo André Botelho, pico em que toda galera do big surf se reúne depois do banho. 

Agradecimento especial a toda comunidade de Nazaré e aos fotógrafos Abel Precedes, Manuel Ricardo, Vitor F. Estrelinha, Yuriko David, Jorge Figueira, Guilherme M. Soares, Rafael Riancho, Melina Sinessiou e André Botelho.


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