quinta-feira, 13 de julho de 2017

Fabio Gouveia e equipe Atowinj no swell histórico na Laje da Jagua



Foram várias investidas nos últimos anos pra que eu visse a Laje da Jaguaruna funcionar de jeito. É tudo muito rápido quando Thiago Jacaré nos informa sobre o swell que chega com bom tamanho, ótimo período e ventos calmos. “Primão, a laje vai funcionar de gala nesse próximo swell”, disse ele em uma mensagem via zap zap.

Thiago Jacaré Foto Rafa Shot
Com o litoral catarinense bastante recortado, tendo assim uma grande quantidade de picos, fiquei me balançando e dividido entre pegar a laje e outras ondas que também não costumam quebrar com tanta frequência. Mas, aos 45 do segundo tempo, decidi pela laje em função da previsão de ventos fracos e pela possibilidade de estar perfeito, já que, por se tratar de uma onda a 5.1 km da costa, é sempre uma incógnita. Zarpei com Luciano Burin às 9:30h da noite e no meio do caminho fizemos uma paragem na BR-101, nas proximidades da praia do Sonho, para pegarmos o fotógrafo Luiz Reis. 
Fabio Gouveia Foto Luis Reis

Meia noite e meia já estávamos embaixo do cobertor e escutando o barulho das ondas, o que foi confirmado ao raiar do sol naquela sexta-feira (28/4). Como de praxe, a movimentação era grande na base da Atow Inj. Aliás, maior que o normal, umas 20 cabeças aprontavam-se rapidamente para adentrar ao beach break com series de 7 a 8 pés. Os jets já estavam preparados quando recebemos o aviso de que a embarcação que locamos, proveniente de Laguna, já está aportando no outside. 

Varar o beach break da Jagua em dias grandes não é tão simples requer perícia dos pilotos dos jets. Adentrei com minha gun 10’4” no sled do legend João Capilé. O bicho acelerou bastante e quase solto as alças antes de chegar ao barco devido ao esforço físico. Bom, não estou tão preparado assim, mas o fato mostra o quão é puxado esse lance de onda grande envolvendo máquinas, gunzeiras, etc. Nem tinha chegado na laje e já estava cansado. E não apenas eu embarquei na lancha com esse relato, vários outros brothers também disseram. Lancha lotada, jets com suas duplas e partimos pro meio do mar. 

Fabio Gouveia Foto Rafa Shot
No trajeto, já dava pra ver o tamanho da ondulação e a laje não parava de espumar. "Issa", essa empreitada vai se concretizar… Tão logo chegamos já pulamos do barco e começamos a remar. Fui na frente e logo Luciano Burin veio atrás. Paulo Moura, que já havia surfado algumas vezes na laje no passado, investiu nesse swell e também pulou na água. Aliás, mais dois nomes conhecidos do surfe catarinense e nacional estavam presentes: Marco Polo, em sua primeira empreitada, e Guilherme Ferreira. 

Ir pela primeira vez ao pico em condições excelentes é uma baita de uma sorte. Desfrutou dessa também o catarinense Vinícius Dos Santos e o gaúcho Lucas De Nardi, ambos recém-chegados de temporada havaiana. E a turma ia entrando com os locais João Baiuka e Fabiano Tissot, que estava munido de um SUP 11 pés. Aliás, esses dois, juntamente com Thiago Jacaré e André Paulista, são minhas referências neste pico. Nas vezes anteriores, procurei sempre prestar atenção no posicionamento dessa turma e acabei tendo finalmente o dia pra botar em prática esse aprendizado. 

Alguns outros surfistas que conheci nessa session completaram o lineup na remada e algumas duplas de tow in ficaram se revezando. Jacaré puxou Luis Casagrande em algumas, Carlos Pirí puxou o enigmático Pepéu de Laguna em outras e Capilé… bom, não lembro quem ele rebocava, mas no momento em que Thiago Jacaré o puxou em algumas ondas, a regra era a seguinte: sai da frente, meu filho (risos)! 

As séries estavam grandes, cerca de 8 a 10 pés com umas de 12 e outras maiores. O posicionamento era bem difícil, mas, pelo fato de ter uma galera no pico, dava pra se encontrar ao prestar bastante atenção, principalmente com a leve correnteza que nos tirava rumo ao norte. Tow e remada ao mesmo tempo é complicado, mas tínhamos preferência, e em alguma grandes que vieram, quem tava rebocado abria passagem. É bem verdade que houve situações de risco, mas em todas as vezes, com controle. 

Tissot é sempre o último da fila, o mais deep possível. Quando ele rema com aquela jamanta, sai de baixo. O bicho veio em uma gigante, devia ter mais de 12 pés. Quando fez a curva na base, sua 11 pés pareceu até menor. Que visual, que adrenalina… Mais duas ondas grandes entraram e em uma delas foi Luciano Burin, com uma 9’6 que lhe emprestei. “Vai lá, fera. Essa aí tem 4 capas de fibra em cima e 4 embaixo. Pode botar pra baixo que é difícil quebrar ao meio”. E nessa ele se soltou na session até tomar uma série na cabeça e conhecer o power da Jagua.  

Esperei por um tempo, quando uma da série veio linda e grande. Apontei minha 10’4 pra beira e remei forte. Drop atrasado, brisa de terral na cara e adrenalina a mil. Completei o drop e ao contornar a parede dei mais outro drop. Que delícia, a ondulação de sul fizera a parede mais longa do que das outras vezes que havia ido ali. Escuto a galera vibrar e quando olho pra trás Paulo Moura vinha em uma bomba. E as séries nesse momento estavam constantes, tendo João Baikuka surfado uma atrás da outra. Ô bichinho pra ter gás! Pilha da bexiga! Marco Polo também desceu uma irada, assim como Lucas, e ambos voltam para o outside com um sorriso contagiante. 

A turma posicionada clicando tudo. Os fotógrafos Lucas Barnis e Luiz Reis, do barco, e Rafa Shot do jet. E a cada momento iam revezando os ângulos. Para esse swell, o produtor Carlos Sanfelice mandou um enviado especial pra documentar. O videomaker Tessari gravava atento para o Canal Off e se mostrou à vontade, pois normalmente os marinheiros de primeira viagem ali enjoam demasiado quando expostos a longo períodos na embarcação. Se ficar ali já é difícil, imagine com um olho no view finder? Dá pra mim, não, prefiro mesmo é ficar na água. 

A maior do dia devia ter uns 15 pés e todos tomaram. Ainda dei sorte de estar no rabo da onda e soltei a prancha apenas pra não correr o risco de voltar com o lip. Caramba, pura adrenalina, parecíamos estar no Hawaii. Nessa veio o João Capilé costurando a parede de forma brilhante. Aquele ali tem a manha. A esquerda estava de gala e por isso nem cogitamos a direita, que na real é mais adequada para o tow. Por lá, algumas duplas se revezavam: Arno Phelippe, Marcos Moraes e com certeza outros devem ter feito a mala também. 

Havíamos entrado na água umas 9 da manhã, e na hora da pausa, próximo ao meio-dia, estava um espetáculo da natureza. Séries constantes levavam a galera ao delírio. Vários brothers que se revezavam nos swells com a equipe da Atow inj pegaram várias, infelizmente não decorei os nomes de todos, pois tudo foi muito intenso, mas aqui vão alguns: Vitor Ronsoni, Rafael Jeremias, Bernardo Mendonça, Fabio Mia e Gustavo Fabiano. 

Como as ondas não paravam, voltei pro mar afim de aproveitar ao máximo. Thiago Jacaré se posiciona mais ao fundo e mais pro lado quando uma bomba vem. No momento que dropei, vi que não ia conseguir passar, quando Jacaré despenca a poucos metros à minha frente. O cara capota feio e depois vai até a lancha de apoio meio atordoado. Fabiano Tissot, que havia perdido o remo de seu SUP, foi pra remada. Uma gun 10’4 linda não resistiu à força da Jagua e partiu ao meio. Não sei com quem estava naquele momento, pois a rotatividade de equipamentos ali foi uma constante. 

João Baiuka Fabio Gouveia Foto Rafa Shot

Vinicius dos Santos desce a sua grande e agradece muito pela oportunidade. Ô moleque sangue bom! Sãs e salvos, por volta das 15:30 rumamos de volta, até porque também alguns jets já estavam com gasolina na reserva. No beach break, as ondas continuavam grandes, e depois de colocar as máquinas nas carretas um churrasco preparado pelo fiel escudeiro da Atow Inj, “Gaivira”, já estava à espera. 


 Pense numa turma alegre e feliz? Em meio a geladas e lascos de carne, a turma ia vendo imagens de outro fotografo que também estava na session, mas que infelizmente não também não lembro seu nome. Como disse, tudo foi muito intenso e num piscar de olhos já estava retornando à casa. O sono foi carregado de imagens e creio que todos tiveram a mesma sensação. Que dia, que session! 

Agradecimentos à turma da Atow Inj que, também apoiada pelo Projectmorona, não cansa de incentivar o big surf . Até o próximo!

Sessão na Jagua


Pedra  Foto: James Thisted.
Thiago Jacaré  Foto: James Thisted.
O verão, apesar de maravilhoso em termos da ótima temperatura da água no Sul do Brasil, vinha em banho maria no tamanho das ondas, mas na virada da estação dois swells marcharam com boa consistência. O do começo desta semana teve proporções avantajadas.
À convite da turma da Atowinj, através de Thiago Jacaré e João Baiuka, me piquei pra Jaguaruna na companhia de Luciano Burin, diretor do documentário “A Pedra e O Farol”, e dos fotógrafos videomakers James Thisted e Renato Tinoco. A expectativa era boa quando no domingo (19) à noite nos encontramos com o ex-atleta do WCT Rodrigo Dornelles e o big rider Fabiano Tissot.

Com o sono curto, e o despertar antes do sol nascente, ficava deixava curioso pelo barulho das ondas na praia da Jaguaruna. Com o vento parado, o barulho era alto, e ao olharmos na linha do horizonte, a cerca de 5.5km da costa, avistávamos umas espumas reluzentes correndo. Sinal de que na laje as ondas estavam bombando.

A movimentação era grande na base da Atow Inj, na medida em que caminhonetas chegavam com alguns jets para reforço. João Baiuka chegara da praia do Cardoso com notícias de altas ondas por lá e bombando em seus “lives” no Instagram. Aliado a Luis Casagrande, que vem se especializando em resgate, e contando com o jet da Atow Inj, estávamos bem equipados. Além disso, uma lancha proveniente do porto da cidade de Laguna estava prevista para chegar ao outside às 7:40 da manhã.

Todos a postos à espera da lancha e o nascer do sol - que havia sido esplêndido - dava lugar a densas nuvens seguidas de uma brisa de maral. Mas a turma não desanimou, pois a previsão era boa e sempre depois de chuvas podem vir calmarias.

Na beira da praia, foi a vez de mais um fotógrafo videomaker junta-se ao grupo. Rafa Shot, como é conhecido, vem participando de muitas sessions com a turma da Atow Inj e já está se tornando um expert na laje da Jagua. Às 7:50, a lancha do Capitão Beto e seu “partner” Faust apontam no outside.

Não foi muito fácil atravessar a arrebentação nos jets com os equipamentos para documentação da session, pois as “pelican cases” do Renato Tinoco eram cada uma maior que a outra. As “caixas” eram seguras, mas havia ondas de 2.5 a 3 metros no beach break para serem ultrapassadas.

Deitado no “sled” e em cima de minha gun 9’6”, passei para o outside já com os antebraços doendo, pois o esquema era esse: os jets iam levando de um a um para todos se acomodarem na lancha e seguirmos por cerca de meia hora de navegação. Desta vez havia uma galera, pois além dos já citados, Galdino, André Luiz, Diego e Leo Lobato completavam a barca.
Tissot  Foto: James Thisted.

A chegada ao pico é sempre uma expectativa e normalmente observa-se o mar por algum tempo até que a session comece. Fabiano Tissot abre remando para o outside, quando a primeira série na esquerda entra. Neste momento, o sub capitão da lancha (Faust) dispara um foguetão para dar início e a turma fica em um mix de susto e risadas. Ficar em uma embarcação com ondulações oceânicas não é a melhor coisa pra quem mareia. Alguns tomaram Dramim, mas outros fizeram a mesma coisa que eu e partiram pra água.

Tissot, com sua 10’6”, posiciona-se no pico, e aproveitando sua leitura, fico mais abaixo com minha gun, quando João Baiuka entra com sua 10”4”. Luciano Burin teve parte de sua infância e adolescência na praia de Jaguaruna e me contou seu sonho de surfar a onda na remada. Até então ele só havia estado no outside para gravar imagens para seu documentário e aquela session era seu debut. Luciano entrou com uma 8’7”, sem colete flutuador, e ficando mais abaixo da turma das big guns. Aos poucos foi conseguindo pegar as ondas.

As séries estavam demoradas e por um momento pensamos que o swell não iria vingar. Mas depois da chuva, o vento parou e a máquina foi ligada de maneira espaçada. Rodrigo Dornelles entra no tow rebocado pelo embaixador do big surf na Jagua, o experiente  Thiago Jacaré . Aos poucos íamos vendo belas linhas sendo traçadas. O Pedra tem um estilo polido e tá com a manha do tow in. Foi legal de ver e nos empolgou. A única complicação era que misturar tow com remada necessita de atenção redobrada, mas nesse quesito a turma estava esperta.

Outra dupla em outro jet se aventura nas direitas - Luis Casagrande e  Carlos Peri -, e no terceiro jet ficava o fotógrafo Rafa Shot documentando a session de um ângulo diferente, pois James Thisted e Renato Tinoco iniciaram no barco.

As séries começaram a melhorar para a remada, quando Tissot e Baiuka pegam as primeiras boas. Ia prestando bem atenção no posicionamento deles pra que conseguisse pegar uma boa, pois até então não tinha conseguido entrar em uma parede legal. O mar ia ganhando corpo quando uma parede com cerca de 10 pés entra para o Tissot. O gaúcho rema com disposição em seu barco vermelho e vai embora. Drop irado e a galera vibra.

João Baiuka, mais enérgico, remava em mais ondas e consequentemente pegava mais. Deu bons drops, e um, em especial, sua prancha chegou a levitar duas vezes.

Em determinado momento melhorei meu posicionamento depois de prestar bastante atenção nesta dupla e fui recompensado com uma da serie. Ela entrou ainda mais ao fundo e já veio em minha direção com o lip espumado. Remei forte e fiz meu trajeto em direção ao inside fazendo curvas longas. Um bump quase me derruba em um momento que tentava fixar mais o pé na prancha devido à pouca parafina que havia passado. Mas ao final foi só alegria e agradecimento a essa galera que me colocou na rota do surf de ondas grandes do sul de Santa Catarina.

Seguindo a tradição da turma, comemorei, logicamente, em nome do pioneiro Zeca Sheffer (in memorian). O mar ficou em um mix de brisa de maral, terral e em alguns momentos de calmaria. Foram cerca de 6 horas de surf, rolando de tudo, e até um jet quebrado.

Nesse momento, Thiago Jacaré entra com sua gun Havengueira 10’3”, um espetáculo de prancha. Com algumas fortes braçadas, pega uma da série em um momento que cruzo em direção ao outside, vendo toda a ação de cima do lip. Mais uma grande onda surfada e o cara aparece lá no final da onda com a vibração da galera. Nessa mesma onda, Luciano Burin, que estava mais embaixo, passou um certo sufoco, pois ao tentar varar a onda decidiu soltar a prancha e por pouco não rola um acidente. Graças aos bons deuses, tudo certo.

Saio para repor energias e passar protetor solar, quando vejo Tissot vindo em uma das grandes. O “primão” é derrubado por um bump e capota lá embaixo. Mas valeu o take off e o registro clicado. Nessa, sua gun acaba sendo trincada ao meio, mesmo sendo um material reforçado. Aí é aquela coisa: o cara não usava leash e a lógica era que a prancha fosse arrastada sem quebrar. Mas não tem jeito quando uma massa de água daquela pega de jeito… Bom, no mínimo deu sorte de não ter partido ao meio, pois com um conserto e um reforço em carbono, vai agregar peso e vai é ficar melhor para dias de ventos fortes e de “bumps” nas faces das ondas.

Galdino, André Luiz, Diego e Leo Lobato também pegaram as ondas e se revezaram no tow in quando não estavam na remada, hora rebocando e hora sendo rebocados. O incansável Luis Casagrande, também conhecido com “Sapão”, me convida pra ser rebocado. Aproveito pra testar minha prancha de tow que havia shapeado no ano passado. O mar, neste momento, estava mais picado e acabei soltando a corda em momentos errados, fruto da minha inexperiência nesse outro segmento do esporte. Mesmo assim, deu pra ter as emoções e ver também que o equipamento funcionou, faltando apenas mais quilometragem para mais respaldos na evolução.
Thiago Jacaré  Foto: James Thisted.

Tão logo largo o tow, vejo algumas séries mais constantes e Burin pega uma grande com minha 9’6”. A galera vibrou, mas o bicho levou uma lipada no fim que deu pra sentir a força da Jagua. Pronto, batizado!

Jacaré e Baiuka se revezam em várias ondas e volto pra água. A maré ia enchendo e mudando a constância da ondulação. Baiuka e Jacaré pulam pro tow e fico no outside apenas com Galdino, quando uma série enorme entra. O amigo leva na lata da esquerda e acabo descendo um ladeirão pra direita. Tinoco estava na água, mas posicionado pra esquerda, e perdeu o take de meu drop. Mas a imagem ficou latente em minha memória. Pura emoção, pois por falta de conhecimento no pico, não sabia que tipo de laje iria brotar em minha frente. Adrenalina total.

A galera avista cardumes de peixes. Olhetes, acho que era este o nome da espécie. Fiquei vendo de longe a bagunça quando levantaram uma grande Tuna (atum). Neste momento, mais um foguetão fôra disparado. Fim da session e mais meia hora ate o lineup do beach break da Jagua.

Já na base da Atowinj, João Baiuka e Casagrande davam o trato nas máquinas (jets). Haja trampo! A brincadeira não é fácil, pois logística e muito tempo são gastos para a preparação de um dia de surfe na laje. Algumas geladas abertas e aquela foto tradicional da barca para posteridade. Próxima parada: Cardosão, no dia seguinte. Dale swell! 






sábado, 18 de março de 2017

Laje nervosa




Thiago Jacaré Foto Luis Reis
Fabiano Tissot Foto: Rafa Shot
Andre Paulista Foto Rafa Shot

No último fim de semana (29 e 30/10), a ressaca que devastou boa parte da costa brasileira trouxe ondas gigantes para Santa Catarina. O gráfico na internet era tão assustador, que despertou o interesse de alguns big riders brasileiros para as grandes ondas da Laje da Jagua, em Santa Catarina.

Alerta vermelho, swell na área. Acionamos a equipe Atowinj para desfrutrar de mais um dia de big surf em águas brasileiras. A Jaguaruna ficou movimentada e big riders de vários cantos do Brasil apareceram, despertando a curiosidade da comunidade que admira o surfe e os ídolos da modalidade nacional.

Na trip estavámos eu (Thiago Jacaré), Fabiano Tissot, André Paulista, João Baiuka, Lucas de Nardi, Lucas Cohen, Rafael Becker, Ricardo Schwabe, Gabriel Herzmann, Paulos Moura, Luis Roberto Formiga, Dê da Barra, Guilherme Panda, Jorge Pacelli, Luis Casagrande, Marcus Peruchi e Pepeu. Nas captação de imagens ficaram Lucas Barnis, que fez os registros em vídeo, Rafa Shot e Luis Reis nas fotos, e ainda contamos com Beto Cavalo, que disponibilizou a lancha com o piloto Eduardo Faust e Marcos Vinicius, e a Go Home Drones, que também marcou presença e fez o registro aéreo do pico.

A sessão rolou com muita vibe. Chegamos na Laje e fomos direto encarar a direita, mas logo mudamos a direção, pois a esquerda estava menos perigosa, maior e abrindo bastante. A sessão ficou marcada por muitos fatores, só citando alguns: o destemido Fabiano Tissot, que encarou a sessão na remada; o desempenho do Formiga; a primeira vez no pico de Pepeu, Peruchi e Becker; a visita dos amigos Panda, De da Barra e Pacelli; e a pilotagem nota 10 de Paulista, Baiuka e Moura. 

Tissot estava alucinado, o cara extrapolou os limites da remada na Laje. Ficava debaixo do pico com sua Havenga 10,3 e botava pra baixo sempre nas mais cavernosas. Luis Roberto Formiga, aos 53 anos de idade, mostrou que está mais jovem do que nunca. Arrebentou com seu estilo de sempre, rasgando forte e mostrando que sabe muito quando o assunto é ondas grandes. Formiga foi pioneiro na Laje da Jagua, quando foi recém foi descoberta, em 2003. Aparecia em todo swell e foi fundamental para a divulgação do pico para o mundo, com as coberturas feitas pelo programa Extreme Tv e da ESPN Brasil. Além disso, é um cara que respeito e admiro muito. Digamos que ele é o nosso "mutante" do esporte brasileiro.

No fim da sessão, nos reunimos na água e agradecemos a Deus gritando o nome de Zeca Scheffer bem alto, um dos grandes desbravadores da Laje da Jagua. Por fim, ainda fomos recebidos na base da Atowinj com um churrasco padrão feito por Fabricio Gaivira.

Laje internacional


Thiago Jacaré Foto Rafa Shot

Fabiano Tissot Foto: Rafa Shot
Vento sul, frio e água gelada, fatores típicos nas ressacas do litoral sul do Brasil. Mas não foi isso que marcou o último swell em Santa Catarina. Praias como Silveira, Cardoso e Jaguaruna receberam grandes ondulações, garantindo a alegria da galera que curte o big surf.

O swell de sul/sudeste, com gráfico de 3 metros e período entre 13 a 14 segundos, fez com que a maior equipe de ondas grandes do Sul do país, a Atowinj, entrasse mais uma vez em atividade total. Foram três dias de ondas grandes na barca da equipe com Fabiano Tissot, João Baiuka, Thiago Jacaré, André Paulista, o amigo Vitor Rosoni e os uruguaios Luca Cohen e Juan Miguel, que tocaram de carro direto do Uruguai para Jaguaruna só para surfar a Laje da Jagua. O fotógrafo parceirão da equipe, Rafa Shot, registrou todos os momentos do dia.

Nos jogamos cedinho para o terral. A previsão mostrava que existia a possibilidade de o vento entrar cedo, então, às 7:30 da manhã já estávamos na Laje conferindo o pico. Chegando lá, vimos que o mar ainda estava acordando e as ondas estavam estranhas, mas sabíamos que era só questão de maré e troca de direção de swell. Não deu outra, o swell alinhou, o mar se definiu e percebemos que o surfe seria na esquerda do pico.

Logo Fabiano Tissot pegou uma gunzeira e foi dar uma remada padrão na esquerda da Laje. Ele ficou remando bem na parte rasa da bancada. Hoje é um dos caras que mais conhece a Laje e, por ter esse conhecimento, sabe bem onde se posicionar e dropar as melhores da série. No fim ele surfou muito e fez a cabeça remando nas bombas. O resto da galera encarou as ondas no tow in, curtindo muito o big surfe em águas brasileiras. Lucas, que veio do Uruguai direto para o Brasil com seu parceiro para encarar a Laje, ficou de cara com o potencial do pico. 
João Baiuka foto: Rafa Shot

"Já tinha ouvido muito falar sobre a onda da Jagua, sabia que era uma onda sinistra, só que não sabia que a onda era tão boa assim. Nem parecia que você estava no Brasil. Vi e surfei ondas com feeling havaiano", relatou Lucas Cohen.

Já de cabeça feita, todos voltaram à praia e agradeceram a Deus por mais um dia de big surf em território nacional.

Confira acima a sessão do dia, registrada por Rafa Shot. Aloha e até a próxima!
 

Equipe Atow-inj em Nazaré 20 metrosThia

Depois de um mês em Nazaré, Portugal, conseguimos surfar um mar que já caracteriza a verdadeira face do pico. Esse lugar é muito doido, as ondas dificilmente baixaram de 10 pés durante nossa passagem por aqui.
 
Thiago Jacaré Foto: Guilherme Delarue
Você acorda cedo, vê o mar, toma café, volta pro pico e o mar fica gigante. A moto aquática é quase que inevitável. Quando o mar tem tamanho, você precisa dela tanto para o tow in quanto para a remada. Ouvia muito Carlos Burle, Rodrigo Koxa, Vitor Farias, Alemão de Maresias, entre outros tantos brasileiros, falando que a investida para Nazaré era mais certeira do que ir pra temporada havaiana, e foi tiro certo.
 
Fabiano Tissot Foto: Manuel Ricardo
Durante todo o período surfamos altas ondas, e logo no penúltimo dia no pico entrou um swell consideravelmente grande, não dos maiores, mas um que deu pra sentir na pele que esse é, com certeza, o melhor e maior pico de ondas grandes do mundo.
 
Fechamos a barca com Sérgio Cosme, David Langer, Nuno Santos, Marcelo Luna, Fabiano Tissot e eu. Tivemos um apoio de beira de praia com Lino Bogalho, da Tow In Logistics, e do representante do munícipio, Pedro Pisco. Nosso jet estava com problemas, então surfamos com o jet do amigo Marcelo Luna, que logo no início da sessão surfou uma bomba, se machucou e teve que se retirar da água. Fabiano Tissot fez dupla com David Langer, surfou boas ondas ao lado dele e ainda contou com o caldo mais sinistro do dia.
 
Nuno Santos (português) dropou umas e depois ficou dando apoio no resgate na frente da arrebentação. Sérgio Cosme, surfista também português, foi quem me puxou nas bombas. O cara, com certeza, é um dos que mais conhece o pico, além de me colocar muito bem nas ondas, resgata sempre com muita segurança. No fim do banho, ainda coloquei Sérginho numas bombas e ele foi consagrado com boas ondas.
 
Thiago Jacré Foto: Abel Precedes
Foi um dia legal e com uma vibe muito boa. Finalizamos a trip com uma bela janta no restaurante da Celeste, do grande amigo e fotógrafo André Botelho.
 
Portugal é maravilhoso, Nazaré mais ainda. Fizemos grandes amigos, em especial Abel Precedes, André Botelho, Guilherme Soares, Manuel Ricardo, Guilherme Delarue, Lino Bogalho, Pedro Pisco, Sonya Jardim, Rita Durães, entre tantos outros. Agradecer a “Red Chargers” pelo empenho na divulgação do pico, ao  site nazarewaves.com e ao Município de Nazaré pelo empenho ao big surf.

Equipe Atow-inj desafia as poderosas ondas de Nazaré

Thiago Jacare Foto: Yurico David

Fabiano Tissot Foto: Manoel Ricardo
Thiago Jacaré Foto Abel Precedes
Com a estrutura toda montada, swell à vista, equipe organizada, elaboramos como seria encarar pela primeira vez as ondas de Nazaré já com um bom tamanho. Depois de 1 mês no pico, fomos abençoados com um bom swell, e já deu pra sentir e conhecer bem como é a onda na bancada. Realmente, o que tenho a dizer é o seguinte: aqui o bicho pega, e pega pra valer. 

Acho que a pior parte da parada é mesmo a pilotagem, pois não basta ser bom, tem que ser excelente. O inside lá é muito sinistro, algo que acho que não existe em nenhum outro lugar. Aqui fizemos muitos amigos, entre um em especial, Sergio Cosme, que deu apoio total à equipe da Atowinj Big Waves Surfers na empreitada de encarar as bombas de Nazaré.

Colamos também no experiente Lino Bogalho, proprietário da Arebiri (Tow In Logistic), maior logística para surfistas de ondas grandes do pico. Lino tem de tudo, e tem como grande amigo Pedro Pisco, que trabalha no município e ajuda a desenvolver os projetos em prol do surf na cidade de Nazaré.

O swell entrou bom, não gigante, mas o suficiente para dizer que o dia foi de big surf. Armamos a barca com vários surfistas: Sergio Cosme, Paulo Marques, Nuno Santos, David Langer, Bruno Valente, Fabiano Tissot, Marcelo Luna, Kalani Lattanzi e eu.

A saída pra encarar as morras é sempre pelo porto de Nazaré. Você navega alguns minutos e chega na frente do penhasco. A parada explode no Farol com tanta violência que você já sente na pele. Existem três picos: o primeiro, que quebra de frente para o Farol e geralmente tem esquerdas e que se cair você pode se dar mal; o segundo pico quebra mais afastado pra frente da praia do Norte e o terceiro pico, que quebra mais para o meio da praia do Norte, bem mais fora que os outros dois.

A onda pode quebrar de 6 a 100 pés de face, tanto esquerdas como direitas, e rolam sessões tanto de tow in como  de remada. Nesse dia fizemos um tow e Kalani Lattanzi foi o único que vi surfando na remada. O moleque é muito casca-grossa e sangue bom.

Na água, trabalhamos muito em equipe, pois a onda de Nazaré exige isso. Quanto mais segurança você tiver, melhor, tanto pelo resgate do surfista como da sua própria prancha. Então, sempre quando um jet puxa um surfista, já tem outro jet de olho preparado para o resgate. 

Felizmente tudo deu certo e pegamos altas ondas com sol, água boa e uma vibe indiscutível. No fim, fomos ao restaurante Celeste, onde trabalha o amigo e fotógrafo André Botelho, pico em que toda galera do big surf se reúne depois do banho. 

Agradecimento especial a toda comunidade de Nazaré e aos fotógrafos Abel Precedes, Manuel Ricardo, Vitor F. Estrelinha, Yuriko David, Jorge Figueira, Guilherme M. Soares, Rafael Riancho, Melina Sinessiou e André Botelho.


domingo, 3 de janeiro de 2016

ATOWINJ vai desafiar as maiores ondas do Mundo " Nazaré em Portugal"

Garret Macnamara
O surfista catarinense Thiago Jacaré e o gaúcho Fabiano Tissot estarão embarcando no dia 5 Janeiro para Portugal, onde lá irão representar o sul do Brasil nas maiores ondas do mundo, nas gigantescas ondas de Nazaré. Juntos vão se unir á um grupo de portugueses locais que conhecem bem a onda e o lugar. A idéia é ir para Nazaré levar equipamentos de alto nível tanto para o tow in como para remada e comprar um jet para montar uma base da atowinj por lá. Fabiano Tissot e Thiago Jacaré se conheceram la em 2003 na época em que a Laje da Jagua foi descoberta para o surf de ondas grandes. A trip tem uma idéia na mente que é homenagear o grande amigo surfista de ondas grandes falecido "Zeca Scheffer" desbravador da Laje. " Todo essa história de envolvimento ao big surf devemos ao Zeca, ele foi o cara que mudou a história do surf de ondas grandes no Brasil, relatou Thiago Jacaré".
Fabiano Tissot  Laje da Jagua Foto Lucas Barnis

A equipe viaja agora no dia 05 Janeiro e a idéia é ficar um bom tempo por lá até encaixar um grande swell. Nazaré hoje é conhecida pela mídia como o lugar que quebram as maiores ondas do mundo, o pico recebe ondas de 6 á 100 pés. O projeto conta com apoio da Mormaii, Nob, Shapers fins, Rise Up, Manga Wax, Havenga, Pacelli, Satto, grillo e M.Morona.
Thiago Jacaré Laje da Jagua Foto Lucas Barnis

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Equipe Atowinj exibe limpeza da bancada da Jagua e queda no pico. Confira o vídeo.

No último fim de semana, a equipe Atowinj decidiu explorar ainda melhor a bancada das poderosas ondas de Jaguaruna, com o intuito de verificar possíveis redes de pescas presas na bancada, que acabam agredindo as espécies de animais que ali habitam.
No dia seguinte à limpeza, um swell de sul entrou no pico e a equipe aproveitou para surfar algumas ondas. Confira o vídeo. 

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Laje da Jagua - Swell surpresa

Thiago Jacare Foto: Lucas Barnis
Thiago Jacaré Foto: Lucas Barnis
Nem bem pagamos as contas do último swell na Laje da Jagua, e logo entrou outro ainda melhor na última quinta-feira. Estamos em período de espera da gravação do programa do canal Off Desejar Profundo, que conta com a participação do campeão mundial ondas grandes Carlos Burle. 

Quando verificamos os gráficos na internet, já sabia que esse poderia ser o dia “X“ para a gravação do episódio. Entramos em contato com Burle, mas ele estava na Califórnia e não chegaria a tempo no Brasil. Lamentamos sua ausência, mas começamos agilizar toda função da barca que envolve uma mega logística. 

Liga pra um, liga pra outro, agiliza aqui, ali, lá e tudo pronto para encarar mais um dia de Hawaii em pleno território nacional. Na barca, Lucas Barnis, Felipe Vieira, Fabiano Tissot,  João Baiuka, André Luiz, Marcos Savelha, Fábio Mia, Marcelo Galizio, Thiago Jacaré e Luciano Burin, que contou com sua equipe de registros. Burin, que está gravando cenas para o documentário "A Pedra e o Farol”, contratou um barco com o piloto casca-grossa Beto Cavalo e aproveitou o momento para registrar alguns cliques da session e incluir no filme que passa por fase de finalização. 
João Baiuka Foto: Lucas Barnis
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Na água, assim que chegamos ao pico, Fabiano Tissot pegou sua gun Havenga 10'3 oceânica e se jogou na água. A onda nesse dia era apenas a direita do pico. Tissot surfou quatro ondas no braço, mas as condições não estavam muito boas pra remada, era dia de tow in. De início, fui pro cabo e rebocado nas ondas por João Baiuka, que pilotou muito nesse dia. Logo de cara já peguei uma bomba lá de trás com mar lisinho, desci reto mirando na pedra e vi que o dia seria especial com altas ondas. Surfei mais umas ondas e depois já fui pra rebocar a galera. O primeiro foi João Baiuka, que nesse dia estava fora da casinha passando sempre no limite da guilhotina da bancada. Podemos dizer que Baiuka levou a bateria na água, o cara surfou pra caramba fazendo toda galera no canal ir à loucura. 

Na sequência, puxei André Luiz, um amigo local da praia de Itapiruba, em Laguna. André quebra na vala com pranchinha e sempre foi fissurado pra descer uma morras na Jagua. Nesse dia ele foi consagrado com boas ondas que lhe renderam certamente a maior onda da vida. Depois finalizei as puxadas com Fabio Mia, Savelha e Felipe Vieira, que todo swell se joga de Florianópolis e vem curtir as ondas da Laje.  
André Luis Foto: Lucas Barnis


Foi um dia animal, altas ondas, mar liso, água boa e uma vibe inesquecível com os amigos. Só temos a agradecer mais uma vez a Deus por nos presenciar boas ondas com big surf aqui mesmo no Brasil.
Aloha e até a próxima!!!




Laje da Jagua- Feriado casca-grossa



Já estávamos no mês de maio, e ainda não havia entrado nenhum grande swell no sul do Brasil este ano. As expectativas eram grandes, justamente porque o ano passado foi fraco de grandes ondulações. Este ano já havíamos surfado boas ondas em Jaguaruna e no Farol de Santa Marta, mas todas com swells pequenos que não passaram de 8 a 10 pés.

No último dia 1 de maio, Dia do Trabalhador, fomos comemorar o feriado com um treino forte na rasa bancada da Laje da Jagua. Em nossa barca, estávamos acompanhados da equipe Atow-inj com os cinegrafistas Lucas Barnis, Luciano Burin, Christian Jung  e os surfistas João Baiuka, Luiz Casagrande, Fabiano Tissot, André Luiz, Gabriel Galdino e Thiago Jacaré. 

Unimos as forças e equipamentos e nos jogamos pra encarar mais uma Laje, a terceira do ano. O surf no pico estava tenso, ondas pesadas, bancada exposta e um surf muito radical. Como o surf era na direita do pico, revezamos entre a remada e o tow in. Começamos na remada, e logo eu e o Tissot nos jogamos pra ver se arriscávamos algumas ondas. Fiquei lá fora com uma gun Havenga 10'3 e remei durante meia hora e não peguei nenhuma onda. Tissot, com uma prancha menor (7'0), ficou mais embaixo e descia algumas no chupa cabra.

No resgate estava Sapão, que vem evoluindo e ganhando espaço a cada swell que passa.  Cada vez que surfamos na Laje, vimos que ainda temos muito que conhecer sobre o pico, pois as ondas não estavam grandes, séries de no máximo 8 a 10 pés, e do nada entrava uma bomba lá fora, no segundo reef, que surpreendia a todos.

Não sei exato o tamanho, mas certamente passava dos 15 pés de face, provando mais uma vez  que a Jagua é uma caixinha de surpresa. Tissot ficou remando e eu fui pro jet pra puxar o resto da galera no tow in. Sapão foi o primeiro e representou mirando a bancada quando largava o cabo. Depois puxei André Luis, que teve sua primeira experiência no pico, e logo de cara tomou um caldão ficando 15 segundos debaixo dágua. Na sequencia puxei João Baiuka, dono da base no Farol. Baiuka surfou uma das maiores do dia, uma onda mutante que quase o engoliu nas pedras.
Galdino pilotou para os caras que estavam registrando, e foi o último que reboquei, mas mesmo assim pegou boas ondas e sempre procurou a bolha na pedra.  Tissot ficou o tempo todo na remada e conseguiu surfar algumas bombas Ao final da sessão, mostrou surpresa com a quantidade de água que passava na rasa bancada da Laje. “Esse pico é inacreditável. Quando você acha que já sabe tudo sobre ele, você é surpreendido. Uma hora a gente encaixa a bomba”, disse Fabiano.
Ficamos durante cinco horas lá fora e aproveitamos para treinar em condições maiores. Na volta agradecemos a Deus e a Zeca (em memória) por mais uma Laje surfada com segurança, pois só quem já foi lá sabe do perigo que é surfar aquela onda. Na sequência, quando chegamos à praia, lavamos todos equipamentos e fomos pra base no Farol de Santa Marta curtir noas ondas na praia do Cardoso, finalizando o dia em alto astral.
Aloha e até a próxima!!


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